Saiba quem é o vereador que está preso por esquema de fraudes em licitações e chorou em depoimento


Ricardo Queixão (PSD) foi detido em 16 de março durante a Operação Munditia. Ele foi denunciado pelo MP-SP por integrarem uma organização criminosa e favorecer empresas ligadas ao PCC em licitações. O vereador teve a prisão temporária convertida a preventiva na última quinta-feira (25). Vereador Queixão, de Cubatão (SP), admitiu receber Pix de R$ 5 mil mensais de empresário que está foragido. Ele teve a prisão temporária convertida em preventiva
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Ricardo Queixão (PSD), de 40 anos, é vereador em Cubatão (SP) e já chegou a presidir a Câmara Municipal. Antes de se envolver com a política era motorista e operador de empilhadeira e também tem ligação com o mundo do samba. Ele foi preso em 16 de março durante a Operação Munditia deflagrada contra esquema de fraudes a licitações que favoreciam empresas ligadas ao PCC.
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O vereador teve a prisão temporária convertida em preventiva na última quinta-feira (25). Em audiência realizada na terça-feira (23) disse que recebia “ajuda” de R$ 5 mil mensais do empresário Vagner Borges Dias, tido como principal nome do esquema criminoso e que está foragido. Queixão foi denunciado pelo MP-SP por integrar uma organização criminosa.
Na Baixada Santista, junto de Queixão também foram presos a funcionária da prefeitura Fabiana de Abreu Silva e o advogado de André do Rap e diretor da Câmara Municipal Aureo Tupinamba – este último agora responde em liberdade.
Sobre queixão
Queixão está no seu terceiro mandato no Legislativo de Cubatão. Em 2012 foi eleito pela primeira vez com 2.099 votos, pela coligação PRB/PMDB/PSDC.
Foi reeleito em 2016 o terceiro mais votado, com 1.967 votos pela coligação PDT/PSD/PROS.
Já em 2020, voltou a ser eleito com menos da metade dos votos que recebeu em 2012. Ele foi escolhido por 1.031 moradores.
Queixão também é envolvido no mundo do samba. Tem atuação Associação Cidade de Madeira, que será a futura Escola de Samba da Vila dos Pescadores da cidade.
Depoimento
Durante a audiência, Queixão disse ter sido procurado por Vagner, salvo engano, em 2020. Segundo ele, a abordagem foi para demostrar o interesse em fazer um trabalho político em Cubatão.
O vereador contou ter ligado para o empresário e posteriormente firmado um acordo com ele. Na versão apresentada, Queixão teria que apoiar um eventual candidato a deputado federal e, em troca, receberia esses repasses mensais, que, de acordo com o preso, seriam usados por ele para cumprir os compromissos assumidos com a população.
Queixão disse, ainda, que usava o dinheiro recebido via Pix, em contas de terceiros, para pagar pessoas que o apoiaram na campanha, e para quem não conseguiu arranjar cargos.
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