Carga de cuidado faz de mulheres as ‘grandes vítimas do desemprego’, diz secretária nacional

A carga de cuidado que é demandada às mulheres aumenta o nível de informalidade que as torna as “grandes vítimas do desemprego”, afirmou a Secretária Nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados, Rosane da Silva, em entrevista ao ND Mais.

Secretária Nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados, Rosane da Silva, do ministério das mulheres

Secretária Nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados, Rosane da Silva, esteve em Santa Catarina para agenda em Florianópolis – Foto: Valter Campanato/Agência Brasil /Divulgação/ND

Em passagem por Santa Catarina, a secretária foi no lançamento da 2ª edição do Programa Trabalho Doméstico Cidadão, em Florianópolis, em 16 de abril.

“A gente percebe aí nos dados estatísticos que as mulheres são as grandes vítimas da informalidade, as grandes vítimas do desemprego no nosso país”, afirmou a secretária.

Conforme a pesquisa Pnad Contínua Trimestral do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), referente ao 4° Trimestre de 2023, mulheres são 3,7% da população catarinense que está desocupada, em comparação com 2,8% de homens desempregados.

De acordo com a secretária, garantir a autonomia econômica da mulher passa pela geração de emprego.

“Garantir autonomia econômica é garantir geração de emprego e renda, empregos com proteção social, que são empregos formais”, disse.

“Garantir, através das políticas públicas, mecanismo para que as mulheres que querem empreender terem condições de ter o seu empreendimento altamente sustentáveis, que tenham estrutura física, estrutura financeira para dar conta do seu negócio.”

É necessário tirar o peso do cuidado das costas de mulheres, diz secretária

De acordo com Rosane da Silva, o Governo Federal trabalha em uma política nacional de cuidados que alivie a carga de mulheres, tradicionalmente responsáveis pelo cuidado da casa e da família.

“Para que essas responsabilidades sejam de Estado, das empresas, da sociedade, das famílias e dentro das famílias, porque isso vai liberar o tempo das mulheres para elas poder garantir a sua autonomia econômica, política e social”, explicou.

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