Seis meses após iniciar avaliação, Hopi Hari aguarda laudo para revitalizar torre de queda livre fechada desde 2012


Tratativas com fabricante ‘seguem em andamento’ e são acompanhadas pelo Ministério Público, segundo assessoria do parque. Atração foi desativada após morte de adolescente; relembre. Brinquedo antes conhecido como ‘La Tour Eiffel’ está fechado desde 2012
Karoline Porto/g1
Seis meses após iniciar uma avaliação para revitalizar a atração “Le Voyage”, torre de queda livre antes conhecida como “La Tour Eiffel”, o parque de diversões Hopi Hari, em Vinhedo (SP), ainda aguarda a entrega de um laudo técnico feito pela fabricante para seguir com o processo.
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A atração está fechada desde o acidente que matou uma adolescente em 2012 (relembre abaixo). Segundo a assessoria do parque temático, as tratativas com a empresa responsável por avaliar o brinquedo “seguem em andamento” e são acompanhadas pelo Ministério Público (MP-SP).
Em outubro de 2023, representantes da fabricante estiveram no Hopi Hari para uma visita técnica com o objetivo de traçar um orçamento para a modernização da atração. Desde então, a administração do parque diz aguardar o envio do documento.
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📅 Previsão inicial e adiamentos
Em dezembro de 2020, o Hopi Hari anunciou que previa reabrir o elevador até o fim de 2021 e destacou, na ocasião, que a decisão pela volta se baseou em diferentes critérios, incluindo estudo com visitantes e sobre as viabilidades técnica e econômica. “Impulsionou sua liderança a consultar e conquistar aprovação junto a todos os órgãos legais competentes”, diz nota divulgada na ocasião.
No mês de outubro de 2021, o parque adiou a previsão para o segundo semestre de 2022, o que também não se concretizou. Naquela vez, o Hopi Hari atribuiu a mudança aos reflexos da pandemia de Covid-19, que nos momentos mais críticos resultou no fechamento de locais com aglomerações.
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“Quando anunciamos o projeto de reformulação da atração, a expectativa era de redução nos casos de Covid, inclusive porque o parque já estava em funcionamento, mesmo com a capacidade reduzida. Porém, alguns meses depois veio a confirmação de uma segunda onda da doença, o que, inclusive, causou novamente o fechamento do parque – fase vermelha”, explicou a instituição naquele período.
Já em março deste ano, o parque mencionou que uma análise técnica estava em andamento, e que há um trâmite envolvendo orçamentos junto ao fabricante para a reforma.
“Somente depois de todas as análises concluídas e do parecer final do MP é que será anunciada a data de reabertura”, informou a assessoria. No mesmo mês, o parque divulgou a volta do pagamento a credores no plano de recuperação judicial, e anunciou que prevê novas atrações ao público.
Parque Hopi Hari, em Vinhedo
Patrícia Teixeira/g1
📌 Relembre o acidente
Gabriela Nichimura tinha 14 anos, morava no Japão e visitava o Brasil em férias com os pais e a irmã. Investigações da polícia apontaram, na época, que a vítima caiu do brinquedo porque usou uma cadeira que estava quebrada.
Um laudo do Instituto de Criminalística (IC) de Campinas (SP) concluiu que a cadeira inoperante onde a adolescente sentou foi alterada um dia antes do acidente. Uma chave que mantinha o assento impossibilitado de ser utilizado foi modificada durante uma manutenção.
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Outro problema apontado pelo laudo foi a falta de aviso sonoro e visual de que o assento onde Gabriela é inativo, já que, na época, estava há pelo menos dez anos sem uso.
Gabriela Nichimura, de 14 anos
Arquivo pessoal/Silmara Nichimura
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