Mulher diz em depoimento que idoso morto em cadeira de rodas parou de responder no momento do atendimento no banco

Segundo Érika Nunes, seu tio, um idoso de 68 anos chegou consciente, embora debilitado, à agência bancária. Ela disse que Paulo Roberto Braga solicitou empréstimo para fazer uma reforma em casa e comprar uma televisão. Câmera registra chegada de idoso morto a agência bancária
Erika Souza Vieira Nunes, a mulher que foi presa em flagrante por levar um idoso morto em uma cadeira de rodas para sacar o dinheiro de um empréstimo no banco, afirmou que Paulo Roberto Braga chegou vivo ao local e que parou de responder “no momento do atendimento”.
A 34ª DP (Bangu) investiga o caso. Erika foi até o Instituto Médico Legal (IML) de Campo Grande para fazer exame de corpo delito, após ser detida por vilipêndio a cadáver e tentativa de furto mediante fraude.
Segundo ela, o idoso de 68 anos chegou consciente, embora debilitado, à agência bancária. Ela relatou que, na segunda-feira (15), Paulo Roberto deixou a UPA de Bangu após ficar internado com pneumonia.
Ela afirma que, na terça-feira, o tio teria dito que fez um empréstimo no valor de R$ 17 mil, para fazer uma reforma em casa e comprar uma televisão.
Mulher leva corpo de homem morto à agência bancária para tentar liberar empréstimo
Por isso, ela foi até a agência de um banco na avenida Cônego de Vasconcelos, em Bangu,e que ainda que recebeu ajuda de um motorista de aplicativo para entrar no carro. A Polícia Civil procura por esse motorista para prestar depoimento.
Erika afirmou que o tio parou de responder no momento de receber atendimento na agência. O gerente chamou o Samu e começou a realizar a manobra de Ressuscitamento Cardiorespiratório (RCP). Ela afirmou que seu tio chegou a responder aos estímulos.
Ela diz que tem como comprovar que era cuidadora dele, e que estava muito abalada na delegacia.
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Morte aconteceu antes de atendimento, diz delegado
Segundo o delegado Fábio Luiz, titular da 34ª DP (Bangu), havia livores cadavéricos na parte de trás da cabeça de Paulo, e tudo indica que ele tenha morrido pelo menos duas horas antes do atendimento da equipe do Samu na agência bancária.
Se Paulo tivesse morrido no banco, haveria livores nas pernas, já que ele estava na cadeira de rodas. Mas a perícia inicial não encontrou manchas nos membros inferiores.
“Não dá pra dizer o momento exato da morte. Foi constatado pelo Samu que havia rigor cadavérico. Isso só acontece a partir do momento da morte, mas só é perceptível por volta de duas horas após a morte”, explicou Fábio.
A polícia ainda não sabe se ele usava ou não cadeira de rodas anteriormente, e isso será objeto de investigação.
Além disso, os agentes esperam o exame de necropsia para atestar a causa da morte: se ela ocorreu por alguma causa natural ou se foi dado a ele alguma substância que pudesse levá-lo a morte.
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