Um novo medicamento aliado no combate à obesidade estará disponível no Brasil a partir do segundo semestre de 2024, segundo anunciou nesta quinta-feira (25), a Novo Nordisk, empresa farmacêutica.
O medicamento, chamado Wegovy, tem como princípio ativo a semaglutida, o mesmo do Ozempic, que se popularizou nos últimos meses.
De acordo com a farmacêutica, o Wegovy será indicado para tratar obesidade e sobrepeso a partir dos 12 anos. Os estudos indicaram que o medicamento pode promover uma redução de 16,1% do IMC (índice de massa corporal).
Até o momento, segundo o painel de consulta de preços de medicamentos brasileiros, o farmaco deve custar entre R$ 1.034,35 a R$ 2.634,03 —a depender da dose e quantidade de aplicações.
Afinal, quem é considerado obeso?
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a pessoa é considerada obesa quando seu IMC é igual ou superior a 30 quilos por metro quadrado (kg/m²). A faixa de peso normal varia entre 18,5 kg/m² e 24,9 kg/m².
Como é o Wegovy?
Semelhante ao Ozempic, o medicamento é uma injeção em formato de caneta. Serão disponibilizadas cinco dosagens: 0,25 mg, 0,50 mg, 1 mg, 1,7 mg e 2,4 mg.
O uso semanal do Wegovy é indicado a ser feito aos poucos, até que seja atingida a dosagem máxima.
E, claro, é importante lembrar que toda medicação têm efeitos colaterais e pode ter consequências graves, por isto, deve ser recomendada por um médico.
Para quem ele é indicado?
Segundo a farmacêutica, este é o primeiro medicamento injetável recomendado especialmente para tratar a obesidade e tem como base a semaglutida.
Ele é indicado para adultos com índice de massa corporal (IMC) acima de 30. Para quem tem o índice de 27 (sobrepeso), ele também pode ser usado, porém apenas para os pacientes que têm pelo menos uma comorbidade relacionada ao peso, como pré-diabetes, diabetes mellitus tipo 2, hipertensão, dislipidemia, apneia obstrutiva do sono ou doença cardiovascular.
Por qual motivo a obesidade aumentou?
“Talvez um dos fatores mais preponderantes seja a mudança dos hábitos alimentares que se observa desde os anos 1970. Com pouco tempo para comer, as pessoas deixaram de fazer as refeições em casa e passaram a optar por comidas mais rápidas e mais calóricas. Normalmente, ultraprocessados. A vida urbana também limita, em tempo e espaço, a prática de exercícios físicos regulares”, comenta Alessandra Rascovski, endocrinologista e fundadora da Clínica Rascovski.
De acordo com a médica, a obesidade está associada ao desenvolvimento de diversas doenças, como a Diabetes tipo 2 e Hipertensão Arterial, além de aumentar consideravelmente as chances de AVC (Acidente Vascular Cerebral), doença cardiovascular, aparecimento de diversos tipos de câncer e até demência, entre outros.