Bienal do Livro da Bahia explora as histórias do Estado e homenageia escritores locais


Evento vai até o dia 1º de maio em Salvador e coloca em evidência os expoentes da cultura baiana. Bienal do Livro da Bahia acontece até 1º de maio.
TV Globo/Reprodução
Salvador recebe até quarta-feira (1º) a Bienal do Livro. Nesta edição, leitores e autores mergulham no tema “As Histórias que a Bahia Conta”.
Em cada corredor, cada sala, a história viva de um casal de escritores. Por mais de 40 anos, esse foi o lugar da família Jorge Amado e Zélia Gattai. Ponto de encontro, também, de muita gente ligada à cultura e às artes.
“Essa casa possibilitava isso. Vinha gente de tantos lugares, de tantas culturas e de tudo. Aqui eles aprendiam um pouco do que é a Bahia, porque as histórias da Bahia são muitas, múltiplas e são histórias sem preconceitos”, falou a escritora Paloma Amado.
Histórias que a Bahia conta, e são tantas, que este ano elas ganham destaque na Bienal do Livro da Bahia. É um reencontro de muitos capítulos, grandes nomes e muitos debates, com maioria de autores do Estado: dos mais dos 170 escritores que devem passar pela Bienal até o dia 1º de maio, 80% são baianos.
Um dos mais lidos da atualidade nasceu em Salvador e falou com uma plateia lotada. O premiado Itamar Vieira Júnior traz seu olhar sobre temas sociais, racismo e disputa de terras, sempre partindo da Bahia.
“A gente fala em Bahia porque essa é a paisagem das nossas histórias, é o lugar onde vivemos, onde essa cultura pujanteaparece de uma maneira maravilhosa nos escritos. No fundo estamos falando do Brasil, estamos falando das pessoas, da humanidade. Acho que esse é o poder que essas histórias têm de cativar”, diz Itamar.
“Eu amo ler e escrever. Então, ver isso é dar possibilidades, quem sabe um dia eu posso estar ali em cima também, entende?”, fala a estudante Aíla Bruna.
É a Bahia contada e cantada. E que encanta as novas gerações de leitores. Como o Ian, de 7 anos.
“Eu achei muito legal. Eu adorei aprender sobre os poetas baianos”, falou.
“Eu acho que o teatro é sempre bem-vindo quando a gente vai levar a história dos nossos poetas, das nossas poetisas, através dessa linguagem que é uma linguagem fenomenal, que tem tudo a ver com a bienal”, fala a atriz Cléa Makenda.
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