SP bate o dia mais quente de maio da história pela quarta vez seguida, com 32,8ºC no domingo


Segundo o Inmet, recorde superou os índices de sábado (4), sexta (3) e do dia 2 de maio de 2001. Calor atípico para a época pode durar até o final da primeira quinzena. Medições meteorológicas regulares no Mirante de Santana, na Zona Norte, começaram a ser feitas em 1943. Pessoas aproveitam dia de sol e forte calor no Parque do Ibirapuera, na zona sul da cidade de São Paulo, onde os termômetros registram 33°C, neste domingo, 5 de maio de 2024.
CRIS FAGA/DRAGONFLY PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
A cidade de São Paulo registrou neste domingo (5) 32,8°C e bateu um novo recorde de calor para o mês de maio, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
A marca superou o índice de sábado (32,5ºC), de sexta (31,7°C) e os 31,7°C registrados no dia 2 de maio de 2001.
A máxima registrada no primeiro dia deste mês também consta entre as cinco temperaturas mais altas do mês na história.
As medições meteorológicas regulares no Mirante de Santana, na Zona Norte, começaram a ser registradas em 1943.
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As maiores temperaturas do mês de maio, segundo o Inmet:
32,8°C – 05/05/2024
32,5ºC – 04/05/2024
32,1ºC – 03/05/2024
31,7ºC – 02/05/2024
31,7ºC – 03/05/2001
31,5ºC – 01/05/2024
31,3ºC – 07/05/2010
30,7ºC – 02/05/2001
30,1ºC – 01/05/2003
Fora de época
O g1 ouviu Cesar Soares, especialista da Climatempo, que explicou o que tem causado essas altas temperaturas no outono. Segundo ele, a condição é o resultado de três fatores:
Bloqueio Atmosférico
Frente Fria no Sul
El Niño
Soares comenta a relação entre eles.
“Primeiro estamos sob influência de um forte bloqueio atmosférico – que é uma forte massa de ar seco e quente que fica por dias nas áreas centrais do país e não permite a troca com o ar frio vindo do polo sul”, afirma.
“Além disso, temos uma frente fria no Sul do país, que reforça o calor no Sudeste pelo que a gente chama de condição pré-frontal. Devido a presença da frente, os ventos nas áreas centrais do país passam a transportar mais ar quente vindo do interior, por isso a temperatura sobe ainda mais”, complementa.
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O El Niño – fenômeno caracterizado pelo aquecimento maior ou igual a 0,5°C das águas do Oceano Pacífico – ainda interfere na situação, segundo Soares, mesmo que esteja fraco nessa época do ano.
O especialista explica, ainda, que o calorão fora de época deve durar até o final da primeira quinzena de maio na capital.
Quanto a recordes mensais, só será possível saber, de fato, quando junho chegar. Mas Soares é categórico: “Podemos dizer, sim, que este mês de maio tem potencial para ser um dos mais quentes no país”, afirma.
Ainda de acordo com dados do Inmet, abril foi o mês mais quente desde 2016 no Brasil.
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