‘Quadrilha do falso leilão’ rouba R$ 18 milhões de catarinenses; 6 foram presos

Seis pessoas foram condenadas a 8 anos de prisão por realizar falso leilão em Santa Catarina. Segundo o TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina), os crimes foram praticados entre janeiro de 2022 e agosto de 2023, em sites falsos com a logomarca do TJSC.

golpe do falso leilão

Conforme informações do TJSC, a quadrilha usava de sites falsos com a marca do TJSC para aplicar o golpe do falso leilão – Foto: Freepik/Divulgação/ND

O órgão explica que o grupo de estelionatários deixaram aproximadamente R$ 18 milhões em prejuízos às vítimas, somente em Santa Catarina. Os golpistas também agiam em outros estados, como o Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Homem cai no golpe do falso leilão em Florianópolis

Carro que custa mais de R$ 100 mil reais teria sido arrematado por apenas R$ 54 mil em falso leilão – Foto: Renault/Divulgação/ND

O TJSC apontou que em Florianópolis, um homem teria arrematado um veículo da marca Renault Duster por R$ 54 mil e, após repassar o valor, nunca mais conseguiu falar com os responsáveis pelo suposto leilão.

Segundo a tabela FIPE, o veículo custa entre R$ 96 mil e R$ 117 mil, a depender do modelo —cerca do dobro do que foi cobrado pelos golpistas.

Investigação

O processo contra a quadrilha do falso leilão ocorre em segredo de Justiça – Foto: Freepik/Divulgação/ND

A investigação teve início após serem realizadas denúncias sobre a existência de sites de leilões que utilizavam a logo do Poder Judiciário catarinense.

Além disso, a Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) identificou uma movimentação atípica e não compatível com a capacidade financeira dos envolvidos, que não declaravam à Receita Federal.

O órgão explica que os estelionatários, após arrecadarem os valores, repassavam o dinheiro para inúmeras contas bancárias, a fim de alterar a origem e natureza do dinheiro, até chegar nas mãos do chefe do golpe.

Seis pessoas foram condenadas pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e associação criminosa, conforme indicado pela 4º Vara Criminal da comarca de Florianópolis. O processo corre em segredo de Justiça.

Cada integrante foi condenado a 8 anos de prisão em regime inicial fechado. Além disso, deverão pagar uma multa e reparar dos danos causados às vítimas.

O TJSC aponta que os golpistas responsáveis pelas negociações dos bens levavam uma vida de luxo, residiam em condomínios de alto padrão e utilizavam carros que custam valores altíssimos.

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