Presidente da Coreia do Sul quer criar ministério para aumentar a taxa de natalidade


O governo investiu bilhões de dólares para incentivar os casais a terem mais filhos, mas em 2023 o país registrou apenas 230.000 nascimentos, o menor número desde o início da série histórica. O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, conversa com jornalistas em Seul
Song Kyung-Seok / Pool / AFP
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, afirmou nesta quinta-feira (9) que pretende criar um novo ministério para reverter a queda na taxa de natalidade no país, ameaçado por uma crise demográfica.
“Peço a cooperação do Parlamento para revisar a organização do governo e criar um Ministério do Planejamento contra a baixa taxa de natalidade”, declarou em um discurso à nação.
O governo investiu bilhões de dólares para incentivar o aumento da taxa de natalidade, mas em 2023 o país registrou apenas 230.000 nascimentos, o menor número desde o início da série estatística em 1970.
A taxa de fecundidade — o número de filhos que se espera que uma mulher deve ter — caiu para 0,72, longe dos 2,1 necessários para manter a população atual de 51 milhões de habitantes.
O resultado deixa a Coreia do Sul como o país com a menor taxa da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e também como a nação onde as mulheres têm o primeiro filho mais tarde, com 33,6 anos em média.
A baixa taxa de natalidade combinada com a longa expectativa de vida dos sul-coreanos, uma das mais elevadas do mundo, gera uma ameaça de crise demográfica no país.
Os bilhões de dólares destinados a subsídios econômicos para os pais, serviços de cuidados infantis e ajudas para tratamentos contra a infertilidade não conseguiram conter o declínio.
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