Compra de leitos no Complexo de Saúde São João De Deus será exclusiva para crianças de Divinópolis, segundo o Município. Coletiva foi realizada nesta segunda-feira (29), na Prefeitura de Divinópolis
Valquíria Souza/TV Integração
A Prefeitura de Divinópolis anunciou a compra de 14 leitos pediátricos no Complexo de Saúde São João Deus (CSSJD) para minimizar a crise na saúde pública após a morte de uma criança de 4 anos e a superlotação no setor de pediatria da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Padre Roberto.
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A medida foi anunciada em coletiva com a imprensa realizada nesta segunda-feira (29). Segundo a secretária municipal de Saúde, Sheila Salvino, a proposta engloba a abertura de 12 leitos de pediatria e 2 leitos no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) para tratamento de doenças respiratórias.
Os leitos serão exclusivos para crianças residentes em Divinópolis. A operação terá custo total superior a R$ 1 milhão para dois meses, que seria o período de pico das doenças respiratórias.
“Por serem leitos contratados exclusivamente por recurso municipal, a regulação do acesso a esse leito será feita pelo próprio município de Divinópolis, diferentemente do que acontece com os leitos que pertencem ao contrato ordinário que a gente tem com o São João de Deus”, acrescentou Sheila.
O g1 solicitou nota ao CSSJD sobre a compra dos leitos e aguarda retorno.
Outra medida anunciada é a ampliação dos atendimentos destinados também às doenças respiratórias e dengue na Policlínica.
Nesta semana, a estrutura será modificada no espaço que funciona no Bairro Afonso Pena, portanto, os reforço aos atendimentos começam então, na segunda-feira (6).
O Executivo espera, ainda, apoio dos governos Estadual e Federal para que seja montado imediatamente um hospital de campanha na cidade.
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Superlotação na UPA e morte de criança
UPA Padre Roberto em Divinópolis
Mariana Gonçalves/g1
Conforme o Instituto Brasileiro de Políticas Públicas (Ibrapp), que administra a UPA, nas últimas 24 horas foram realizados 388 atendimentos, sendo 79 na pediatria. No total, 53 pessoas aguardam transferência hospitalar, sendo 18 na pediatria.
A UPA conta ao todo, com 42 leitos, sendo seis de pediatria.
Na última sexta-feira (26), Thallya Beatriz de quatro anos, morreu na UPA, na fila por atendimento. No mesmo dia, a Secretaria de Saúde informou que abriu uma sindicância para apurar o ocorrido.
“Essa sindicância tem caráter evidentemente técnico, porque a criança foi atendida dentro de um tempo razoável. Então, o que se investiga é se esse atendimento foi tecnicamente adequado. Como nós não somos profissionais médicos, nós precisamos instalar uma sindicância designando uma equipe composta por médicos, não pertencentes ao quadro de médicos do Ibrapp, sem nenhum tipo de conflito de interesse, para poder fazer análise técnica do ocorrido, com documentação médica, pontuários, resultados de exame, conversa com familiares. Então, essa sindicância já foi determinada na própria sexta-feira”, informou a secretária Sheila Salvino.
Na coletiva, a pediatra Ludmila Pizzigatti, que é diretora clínica da UPA, falou sobre o atendimento prestado à criança, excluiu qualquer possibilidade de erro médico e falou ainda que após o fato, a equipe médica tem recebido ameaças.
“Além de Divinópolis, recebemos pacientes de mais cinco municípios. Então, quero pedir que as pessoas entendam que estamos com médicos trabalhando exaustos. São 84 médicos trabalhando, se dedicando, peço que tenham carinho com nossos médicos, eles não está para brincadeira”, destacou a pediatra Ludmila Pizzigatti, diretora clínica da UPA.
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