Preço da batata dispara após tragédia no Rio Grande do Sul; veja o que mais encareceu

A devastação causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul afetou a colheita da batata, soja e arroz, que devem ficar mais caros em Santa Catarina. A força da chuva deixou 336 municípios gaúchos em estado de calamidade, 90 mortos e 204,3 mil em abrigos ou desalojadas até esta terça-feira (7).

foto mostra batata, cujo preço disparou após enchentes no Rio Grande do Sul

Preço da batata disparou após enchentes no Rio Grande do Sul – Foto: Arquivo/Agência Brasil/Divulgação/ND

Conforme o diretor do Ceasa da Grande Florianópolis, Émerson Martins, o Rio Grande do Sul envia batata para Santa Catarina. No entanto, após as enchentes, o produto não chegou.

Mas Martins explica que não há desabastecimento, porque foi possível suprir com outros estados, como o Paraná. A saca de 25 kg da batata, que normalmente custam de R$ 100 a R$ 110 agora valem de R$ 150 a 160.

Segundo Haroldo Tavares, analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural do Cepa/Epagri (Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri), o Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do Brasil.

No entanto, a colheita, que havia diminuído em 2024, foi afetada pela chuva. Em uma semana, o preço da saca de 50kg de arroz já ficou de R$ 2 a R$ 3 mais caro.

Além do arroz, a colheita da soja também afetou o preço da saca de 60kg do grão, que aumentou R$ 5 em uma semana, desde que as chuvas começaram no Rio Grande do Sul, em 29 de abril.

No entanto, Tavares ressaltou que os impactos das enchentes ainda não podem ser mensurados.

Dividido por kg da saca, o aumento por kg do arroz deve ficar em torno de 0,06%, o da soja em cerca de 0,083% e o da batata em 0,54%. Essa conta não leva em conta o acréscimo de impostos.

Plantação de inverno no Rio Grande do Sul também pode ser afetada

Segundo Haroldo Tavares, além do que seria colhido na última semana, a plantação de inverno também pode ser afetada após as chuvas no Rio Grande do Sul.

O especialista da Cepa/Epagri explica que entre os produtos está o trigo que seria plantado em junho. Segundo ele, além da devastação nas lavouras, o produtor pode estar descapitalizado, o que prejudique a plantação.

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