Paineis e contação de histórias levam debates antirracistas para Bienal do Livro da Bahia

Mesas desta segunda tiveram participação de apresentadores da TV Bahia. Evento se estende até quarta (1º) no Centro de Convenções de Salvador. Bienal do Livro Bahia traz diversidade, representatividade e respeito
Representatividade negra foi a grande pauta da Bienal do Livro da Bahia nesta segunda-feira (29). O quarto dia do evento teve paineis, contação de histórias para crianças e muitas atividades.
O evento, que começou na última sexta (26), se estende até quarta (1º) no Centro de Convenções de Salvador.
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No Café Literário, os convidados foram o apresentador do “Bahia Meio Dia”, Vanderson Nascimento, e a apresentadora do “Mosaico”, Luana Souza. A mediação ficou por conta do também repórter da TV Bahia, Müller Nunes.
“Eu não tive essa referência durante a minha trajetória”, afirma o jornalista, ao comentar a falta de profissionais negros na mídia durante sua formação.
“Foram poucas referências e eu nem sabia que eu poderia ocupar esse espaço porque uma das coisas que o racismo faz com a gente é impor crenças limitantes”.
Esse cenário tem mudado lentamente, com oportunidades para jovens como ele em frente e por trás das câmeras. Quem também falou sobre o assunto foi Vanderson, que lembrou como era tratado antes de se tornar um rosto conhecido.
“Já teve uma vez que eu estava em um lugar pra fazer uma reportagem e a pessoa me perguntar: ‘cadê o repórter?’. (…) [O combate ao racismo] É uma luta árdua, mas que a gente está disposto a enfrentar”.
Além de colocar profissionais como os dois em lugar de destaque, a programação da bienal se dedica a contar a história de personalidades negras que merecem protagonismo, como é o caso de Maria Felipa.
Símbolo na luta pela Independência da Bahia, ela foi o tema do “Janelas Encatadas”, espaço infantil dentro do evento, desta segunda-feira. De modo geral, a programação foi aprovada por crianças, adultos e pelos participantes.
“Poder incentivar outras meninas a fazerem jornalismo, a continuarem estudando, é uma missão de vida, um pbjetivo”, definiu Luana Souza, do Mosaico.
Integração social e nas redes
A programação do dia contou ainda com a autora Babi Dewet e os criadores de conteúdo Tiago Valente e Patrick Torres, em papo sobre as estratégias para incentivar a leitura pelas redes sociais.
Outro destaque foi o Café Literário com o compositor Tiganá Santana, que abordou seu contato com línguas africanas e a forma como elas integraram seu trabalho artístico.
O evento segue nesta terça e quarta no Centro de Convenções. Confira a programação dos últimos dias:
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