Número de pessoas em abrigos mais que dobra no Rio Grande do Sul

Pessoas em cadeiras amarelas dentro de um  ginásio

Centro de triagem para desabrigados por causa da enchente, montado pela Prefeitura de Porto Alegre no clube Geraldo Santana

Também cresce a quantidade de feridos e de afetados pela tragédia que atinge o estado
O número de desabrigados por causa das enchentes no Rio Grande do Sul mais do que dobrou nesta segunda-feira (6).
Boletim divulgado pela Defesa Civil gaúcha às 9h desta segunda-feira (6) mostrava que 19.368 pessoas tiveram suas casas destruídas e estavam abrigadas em estruturas fornecidas pelo poder público. Na atualização do início da noite, o número saltou para 47.676, aumento de 146,1%.
De acordo com a Prefeitura de Porto Alegre, mais de 9.000 estão abrigadOs em 60 locais no município. Além de pessoas da capital, moradores de Eldorado do Sul e outras cidades da região metropolitana estão acolhidos na cidade.
Com a aceleração no resgate das vítimas, crescem as estatísticas. De acordo o último boletim da Defesa Civil, o número de desalojados aumentou quase 20%, passando de 129.279 pela manhã para 153.824. Essas pessoas tiveram de deixar suas casas, temporária ou definitivamente, e não precisam necessariamente de um abrigo público –podem ter ido para casa de parentes, por exemplo.
A quantidade afetados pela tragédia também aumentou. Pela manhã eram 873.275 em todo o estado. À noite, o problema atingia 1.178.226, crescimento de 35%.
Questionada sobre a alta nos números —o de feridos subiu 22%, passando de 276 para 339 nesta segunda—a Defesa Civil estadual não respondeu. Mas somente operação integrada pelas Forças Armadas resgatou cerca de 46 mil pessoas até o meio da tarde desta segunda-feira, conforme o governo federal. Essa estatística também é mais que o dobro da de domingo (5), com pouco mais de 20 mil pessoas, o que pode explicar a alta nos abrigos.
Apenas a força-tarefa envidada pelo estado de São Paulo afirma ter realizado 1.865 atendimentos desde o meio da semana passada.
Entre os atendimentos das equipes paulistas, está o resgate de pacientes no hospital de Canoas, que precisou ser evacuado por causa do aumento do nível das águas. Segundo a Defesa Civil paulista, foi preciso abrir buracos nas paredes da unidade para a retirada das pessoas internadas.
O resgate contou com a participação de duas equipes do Corpo de Bombeiros.
Também houve a remoção aérea com suporte médico de uma idosa internada em estado crítico e o resgate de um grupo ilhado em uma escola.
SITUAÇÃO NO RS APÓS AS CHUVAS
85 mortes
134 desaparecidos
339 feridos
1.178.226 pessoas afetadas
47.676 desabrigados (quem teve a casa destruída e precisa de abrigo do poder público)
153.824 desalojados (quem teve que deixar sua casa, temporária ou definitivamente, e não precisa necessariamente de um abrigo público –pode ter ido para casa de parentes, por exemplo)
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