Ana Cristina Medeiros de Lima, 53 anos, ativista social e diretora do Centro de Educação Ambiental (CEA), estava imersa no socorro às vítimas das enchentes em Porto Alegre quando recebeu uma mensagem inesperada da Caixa Econômica Federal. A agência solicitava a regularização das parcelas do seu financiamento, mesmo após a suspensão temporária dos pagamentos de empréstimos devido à catástrofe natural que assolava a região.
A cliente, que se encontrava no meio do caos, expressou sua indignação diante da situação. “A gente estava fazendo contatos desesperadamente atrás de parceiros para garantir comida, doação de água, e aí eu recebo a mensagem de WhatsApp. O mundo caindo e o banco preocupado com grana”, desabafou. Sua resposta à funcionária do banco refletiu sua prioridade em ajudar as vítimas, questionando se o banco estava oferecendo assistência às pessoas afetadas pela tragédia.
Apesar da resposta da Caixa Econômica Federal de que a ajuda era “pessoal e voluntária”, Ana Cristina Medeiros de Lima ressaltou a ironia da situação, observando que sempre são os mais pobres ajudando os mais pobres. Em meio ao socorro às vítimas e à sua atuação como ativista social, a cliente, também conhecida como Cris Medeiros, lamentou a falta de empatia do banco em um momento tão crítico.
Essa situação destaca não apenas as dificuldades enfrentadas pelas comunidades atingidas pelas enchentes, mas também ressalta a importância do trabalho de ativistas sociais como Ana Cristina Medeiros de Lima, que dedicam seus esforços para ajudar aqueles que mais necessitam, mesmo diante de adversidades como essa.