Hamas aceita cessar-fogo elaborado por Egito e Catar, mas Israel afirma que a proposta está longe das demandas do país

O gabinete de guerra israelense decidiu, por unanimidade, prosseguir com a operação em Rafah; afirmou que é para pressionar o Hamas a libertar os reféns. Israel afirma que proposta de cessar-fogo em Gaza está longe do esperado
O Exército de Israel ordenou nesta segunda-feira (6) que os palestinos deixem uma área de Rafah, na Faixa de Gaza, e o governo informou que a proposta de cessar-fogo com o Hamas está longe do esperado.
No sul da Faixa de Gaza, houve celebração depois do anúncio do chefe político do Hamas, Ismail Haniya, de que tinha aceitado uma proposta de cessar-fogo apresentada pelo Egito e pelo Catar. O governo israelense afirmou que a proposta está longe das demandas do país, mas anunciou que vai enviar uma delegação para se reunir com negociadores. Mas nenhum dos dois lados deu detalhes do acordo.
O gabinete de guerra israelense decidiu prosseguir com a operação em Rafah e afirmou que é para pressionar o Hamas a libertar os reféns.
Na noite desta segunda-feira (6), o Exército de Israel fez ataques na região leste da cidade. Segundo Israel, os alvos eram terroristas do Hamas. Mais cedo, as forças israelenses tinham ordenado que 100 mil moradores se retirassem da área, aumentando os temores de uma ofensiva terrestre. 1,4 milhão de palestinos vivem na região.
Durante a madrugada, ataques aéreos israelenses mataram 26 palestinos em Rafah. Horas antes, foguetes lançados pelo Hamas tinham matado quatro soldados israelenses na passagem de Kerem Shalom, fechada por Israel.
Em várias cidades de Israel, houve protestos pressionando o governo para aceitar o acordo.
Manifestantes foram às ruas em Tel Aviv. O maior grupo que representa as famílias dos reféns disse que agora é o momento para todos os envolvidos cumprirem com seus compromissos e firmarem um acordo pelo retorno dos 132 reféns que ainda estão em poder dos terroristas em Gaza.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, deu as boas-vindas ao possível acordo. O Departamento de Estado americano afirmou que os Estados Unidos vão discutir a proposta do Hamas com aliados. O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse que o presidente Joe Biden falou pelo telefone com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Segundo a Casa Branca, Biden deixou claro que os Estados Unidos apoiam um acordo para evitar a perda de vidas civis em uma operação em Rafah.
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