Estudo internacional encontra 500 produtos químicos que podem ser tóxicos em vapes

Após a polêmica da legalização ou não da venda de vapes (ou cigarros eletrônicos), mais informações entram no debate: a de substâncias tóxicas encontradas nestes produtos. Uma pesquisa conduzida por cientistas da Irlanda e do Japão revelou que os componentes químicos encontrados nos vaporizadores aromatizados podem se tornar altamente tóxicos quando aquecidos. 

Vapes possuem substâncias nocivas para a saúde

Estudo mostra que 505 componentes químicos podem ser nocivos no vape – Foto: Divulgação/master130/Freepik/ND

Os cientistas identificaram a presença de 505 produtos químicos nocivos, dos quais 127 são considerados extremamente tóxicos e 153 representam riscos para a saúde, todos gerados durante o processo de vaporização.

O estudo destaca que o aroma líquido nos cigarros eletrônicos é submetido a altas temperaturas, resultando na formação de vapor que é então inalado pelos usuários.

Embora os aromas tenham origem na indústria alimentícia, onde são considerados seguros, o estudo sugere que não foram concebidos para serem aquecidos a altas temperaturas e inalados.

Vapes podem ser nocivos, de acordo com pesquisa

Substâncias de vapes podem ser nocivas para a saúde – Foto: Unsplash/Divulgação/ND

Vapes causam impactos na saúde

Os autores do estudo, Donal O’Shea, Dan Wu, do Royal College of Surgeons da Irlanda, e Akihiro Kishimoto, do IBM Research Tokyo, Japão, ressaltam que os aerossóis produzidos pela vaporização dos cigarros eletrônicos contêm uma mistura altamente complexa de produtos de pirólise, cujos impactos na saúde ainda não foram completamente compreendidos.

Embora existam cerca de 40.000 sabores diferentes disponíveis no mercado mundial, os especialistas destacam que o estudo não fornece respostas definitivas sobre os riscos à saúde associados aos vapes aromatizados.

No entanto, é considerado um primeiro passo importante para identificar sinais que poderiam orientar pesquisas futuras sobre os efeitos da degradação induzida pelo calor dos produtos químicos presentes nos aromatizantes.

Os autores recomendam cautela, sugerindo que, dado o potencial de geração de produtos de pirólise mais tóxicos do que os compostos originais, seja prudente limitar estritamente o número de substâncias químicas nos aromas líquidos dos cigarros eletrônicos.

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