Escola na Zona Leste de SP faz revezamento de turmas desde fevereiro por conta de obra na unidade


Alunos foram divididos em grupos e cada uma parte é escalada para as atividades presenciais. Famílias dizem não ter informações sobre a reforma e denunciam problema. Alunos estudam uma semana sim e outra não por causa de bras em escola na zona leste de SP
TV Globo
A Escola Municipal Professora Laura da Conceição Pereira Quintaes, na Zona Leste de São Paulo, está com um esquema de revezamento de aulas desde o início do ano letivo.
Os estudantes foram divididos em grupos azul e vermelho. Cada semana um é escalado para as atividades na unidade. A outra parte das crianças deve permanecer em casa
“Uma hora a gente pede para um tio ou uma prima ficar com a criança, é muito difícil. Ou, se não, a gente tem que pagar alguma pessoa para ficar com ele. O pagar que é difícil porque é uma semana sim, uma semana não, e a pessoa quer receber integral que é 30 dias”, contou Irlani Oliveira, avó de um aluno matriculado na escola.
O revezamento foi imposto pela prefeitura por causa do atraso das obras na escola que começaram em dezembro de 2023.
Os pais foram avisados no início do ano que os filhos passariam a estudar em revezamento semanal.
A prefeitura diz que o valor do investimento feito com a construtora não sofreu alteração por causa da prorrogação do prazo de conclusão.
No entanto, na placa de obras em frente à escola, segundo apuração da TV Globo, há um adesivo colado em cima do preço inicial.
O valor atual é de R$10.642.102, 65. Outras cinco escolas da diretoria regional de São Miguel Paulista estão inclusas nesse orçamento e passam por reformas.
Durante o período de reforma, outras coisas também mudaram na escola, além do revezamento, segundo os pais:
O período da tarde está menor: das 14h às 17h30. Antes os alunos entravam às 13h.
O ano letivo na escola começou mais tarde do que nas outras escolas.
Enquanto o refeitório estava passando por reformas, o lanche das crianças oferecido pela prefeitura foi apenas bolacha e suco, mas com o fim das obras no local, o cardápio voltou ao normal.
As obras agora estão do lado de fora e os alunos não podem sair para brincar ou fazer atividades ao ar livre.
Segundo os pais, antes eles buscavam as crianças nas salas de aula. Depois da reforma, só podem entrar no pátio principal e as crianças vem até eles.
Uma das mães disse que o filho relatou que estava tendo aulas debaixo de uma escada.
Os pais que pagam transporte escolar reclamam que precisam pagar o valor completo, mesmo o aluno indo apenas duas semanas por mês.
Outro adesivo também foi colado em cima do prazo de conclusão da obra, estendendo-o para nove meses. O adiamento de contrato foi assinado em 1° de março. Antes, o fim seria em seis meses a partir da data de emissão da ordem de serviço, em agosto de 2023. Ou seja, a obra teria que ser concluída até fevereiro de 2024. O novo prazo permite a conclusão até maio deste ano.
A prefeitura informou que a reforma é para melhorar condições estruturais do prédio, e alegou que o trabalho foi prejudicado pela chuva no final de 2023 e no começo de 2024. Ainda de acordo com a gestão municipal, o trabalho deve ser concluído até a próxima semana.
Os pais e responsáveis também se preocupam com a adaptação dos alunos na escola, por ser uma etapa de transição, principalmente para aqueles que estão saindo da creche para o primeiro ano do ensino fundamental.
A prefeitura disse que um plano de reposição de aulas será desenvolvido para que os alunos não tenham prejuízos. E que a diretoria regional de educação está à disposição dos pais para fazer esclarecimentos.
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