‘Enem dos concursos’: governo decide adiar exame por causa das enchentes no RS

O governo ainda não sabe quanto vai custar o cancelamento e também não definiu a nova data para o concurso. Governo adia Enem dos Concursos por causa das chuvas no Rio Grande do Sul
O governo federal anunciou nesta sexta-feira (3) uma mudança de planos: decidiu adiar o “Enem dos concursos” por causa das enchentes no Rio Grande do Sul .
O candidato Felipe Casanova está em Porto Alegre. Já ficou sem luz, sem água e ainda não tem notícias dos pais, que moram na cidade de Progresso. Ele disse que o adiamento do concurso foi um alívio.
“O bairro que seria a escola que eu iria fazer, o bairro de Praia de Belas, está todo alagado. A questão é muito maior que eu fazer o concurso, mas na minha perspectiva foi um alívio. Imagino para quantas outras pessoas também foi”, diz.
2,144 milhões pessoas fariam as provas do Concurso Público Nacional Unificado em todo o país no próximo domingo (5). O governo chegou a anunciar na noite desta quinta-feira (2) que as provas seriam mantidas, inclusive no Rio Grande do Sul, mas nesta sexta-feira (3) no início da tarde d adiou a prova em todo o país.
De acordo com a ministra da Gestão, o governo concluiu que seria impossível realizar o concurso no Rio Grande do Sul neste momento, por causa das condições dos locais de prova e pelo risco que os candidatos correriam para fazer a prova.
“Essa decisão de adiamento do concurso justamente busca garantir a integridade dos participantes, inclusive a sua integridade física nas regiões onde seria impossível o deslocamento, mas é uma integridade em todas as dimensões, preservando a vida das pessoas e também conferindo segurança jurídica ao concurso, que é algo essencial para todo mundo que está prestando o concurso”, explica Esther Dweck, ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
A ministra afirmou que as provas já tinham sido enviadas para as capitais, inclusive Porto Alegre, e chegaram a ser distribuídas para 65% das cidades onde haveria o concurso. Segundo Esther Dweck, agora o governo pretende recolher as provas e vai avaliar se vai aplicar os mesmos exames em uma data que ainda não foi definida.
“Toda questão logística envolvida com a prova não nos permite hoje dar uma nova data com segurança. A nossa ideia é recentralizar essas provas. A gente ainda não decidiu exatamente como. Se vai ser uma conversa com a Fundação Cesgranrio e com os Correios, que é o parceiro fundamental nisso, e com as forças de segurança, para que a gente tente garantir a integridade das provas e possa eventualmente aplicar essas mesmas provas”, diz Esther.
O governo ainda não sabe quanto vai custar o cancelamento.
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