Enchentes no Rio Grande do Sul: Dunga denuncia proibição de doar comida para as vítimas

Campeão mundial com a Seleção Brasileira em 1994, Dunga está na mobilização para ajudar as pessoas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. O ex-jogador e técnico, contudo, fez uma grave denúncia.

Em participação em uma live, Dunga declarou que encontrou barreiras para poder doar comida para as pessoas necessitadas.

– Tem igrejas que querem ser abertas. As pessoas não deixam. Querem doar comida. A brigada não deixa doar comida, porque tem de ter nutricionista, tem de saber de onde veio essa comida. As pessoas não têm comida. Não têm nada. Aqueles que têm salário, recebem no final do mês, têm um emprego e deveriam facilitar, ou pelo menos ajudar as pessoas a ter uma vida melhor, são as que mais dificultam as pessoas – afirmou Dunga, em uma live.

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– Foi numa igreja, em Belém Velho, tinha de ter autorização para abrir a igreja e receber as pessoas. Só quem estava cadastrado podia receber e aí as pessoas chegaram com colchão, com roupa, com comida e aí foram proibidas de doar comida, porque teria de ser através da prefeitura e teria de ter uma nutricionista para dizer da onde veio essa comida, quem é que fez, de que forma. Não é a primeira vez – completou.

Dunga faz denúncia em momento de crise no Rio Grande do Sul

Aeroporto de Porto Alegre suspendeu atividades para garantir segurança de funcionários e passageiros – Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República/Reprodução/ND

A carreira de Dunga

Natural de Ijuí, região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Dunga começou a carreira no Internacional. Ele defendeu Corinthians, Santos e Vasco até ir para o futebol europeu. Após anos na Itália (jogou por Pisa, Fiorentina e Pescara), rumou para a Alemanha (defendeu o Stuttgart).

Depois, Dunga ainda atuou no futebol japonês, pelo Júbilo Iwata, até voltar para o Internacional, em 1999. Campeão mundial como jogador, ele começou a carreira de técnico à frente da Seleção Brasileira.

Ele comandou o Brasil em duas passagens. A primeira, de 2007 até a Copa do Mundo de 2010. Depois, de 2014 a 2016. Em 2013, ele dirigiu o Internacional.

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