Dez estados brasileiros já registraram apreensão de armas de maior contrabandista da América do Sul


Entre 2019 e 2023, as autoridades fizeram 67 apreensões em dezenas de cidades pequenas, médias e grandes. Ao todo, foram apreendidas 659 armas de variados calibres. Diego Hernan Dirísio, principal alvo da operação da Polícia Federal.
Investigação internacional
As armas contrabandeadas pela organização criminosa chefiada por Diego Dirísio chegaram a pelo menos dez estados brasileiros, segundo um relatório da Polícia Federal.
Entre 2019 e 2023, as autoridades fizeram 67 apreensões em dezenas de cidades. Ao todo, foram apreendidas 659 armas de variados calibres.
As apreensões aconteceram em:
Rio Grande do Sul
Santa Catarina
Paraná
Mato Grosso do Sul
São Paulo
Rio de Janeiro
Minas Gerais
Espírito Santo
Bahia
Ceará
Todas as armas tinham a numeração raspada e haviam sido importadas pela International Auto Supply S.A, a IAS, empresa com sede no Paraguai usada por Diego Dirísio para importar armas da Europa e revendê-las para facções brasileiras de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Arma raspada
Polícia Federal
Dirísio é considerado o maior traficante de armas da América do Sul. Ele é considerado foragido e está na difusão vermelha da Interpol.
Nesta terça-feira (5), a Polícia Federal em cooperação com autoridades paraguaias deflagrou uma megaoperação que culminou na apreensão, no Paraguai, de 1,8 mil armas. O inventário desse material, assim como de dinheiro e bens, terminou na manhã desta quarta-feira (6).
Militares do alto escalão das forças armadas do Paraguai também são investigados.
A investigação começou em 2020, quando pistolas e munições foram apreendidas em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia. As armas estavam com o número de série raspado, mas, por meio de perícia, a PF conseguiu obter as informações e avançar na investigação.
Na terça-feira, a Polícia federal deflagrou uma operação contra um grupo suspeito de entregar 43 mil armas para os chefes das maiores facções do país — Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho. É nessa operação que Diego Dirisio e a esposa, Julieta Nardi, passaram a ser investigados.
Segundo as investigações, Dirísio comprava armas fabricadas em países como Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia, para revender a criminosos brasileiros.
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