‘Destruíram a gente de todas as formas possíveis’, diz mulher de funcionário de supermercado morto na Gardênia Azul


Rafael Avelar do Nascimento, de 30 anos, era morador da Cidade de Deus e voltava do trabalho quando foi atingido na cabeça por uma bala perdida. Ele passava no momento que bandidos tentaram atingir policiais que faziam uma escolta. “Destruíram a gente de todas as formas possíveis.”
O desabafo é de Daiane Souza, que perdeu o marido, na noite desta terça-feira (7), na Gardênia Azul, na Zona Oeste do Rio.
Rafael Avelar do Nascimento, de 30 anos, era morador da Cidade de Deus e voltava do trabalho quando foi atingido na cabeça por uma bala perdida.
Segundo testemunhas, ele passava no momento que bandidos tentaram atingir policiais que faziam uma escolta.
A mãe dele teve que tomar calmantes durante o dia para aguentar a dor de ver o filho caçula morrer de forma tão brutal.
“Quando uma mãe perde um filho, ela perde tudo. A única coisa que eu quero é justiça”, disse Sandra Regina Avelar.
Rafael Avelar do Nascimento, de 30 anos, morto no bairro Gardênia Azul, na Zona Oeste do Rio
Reprodução
Na tarde desta quarta-feira (8), ela chegou a desmaiar na porta do Instituto Médico-Legal (IML). O corpo de Rafael será enterrado às 14h desta quinta-feira (9) no Cemitério do Pechincha. Não haverá velório.
Tiros durante escolta
Testemunhas contaram que bandidos armados da Cidade de Deus viram uma viatura da Polícia Militar na região e começaram a atirar. Os agentes, segundo elas, não revidaram.
Rafael estava a caminho de casa, na região do Pantanal. A PM afirmou que os agentes davam apoio a uma ambulância do Samu que fazia atendimento na Rua Mané Garrincha quando os criminosos atiraram.
Segundo a polícia, os disparos também atingiram uma viatura. Os bandidos fugiram.
Rafael estava voltando do serviço. Ele trabalhava em um supermercado há 6 anos e tinha acabado de ser promovido na empresa.
“Ele tava muito feliz com isso porque era o que ele almejava sempre, pra poder dar uma vida melhor pra mim, pra ele, pra nossa filha, pra nossa família”, disse Daiane, que era casada com Rafael desde 2012.
“Meu filho gostava de trabalho, era uma pessoa que amava o trabalho, tudo que ele fazia era com amor, com carinho, não prejudicava ninguém”, falou a mãe.
Rafael deixa uma filha de 6 anos.
“Ela tá inconsolável pela situação, porque ela sabe, a gente já contou, e é isso. Rafael era um pai maravilhoso, marido maravilhoso, filho maravilhoso, que sempre corria atrás de tudo pra não deixar faltar nada”, disse Daiane.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) fez perícia, ouviu testemunhas e segue na investigação desse caso.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.