Avanço e competitividade: O impacto do Mercado Livre de Energia no agronegócio


Descubra como o agronegócio pode ganhar mais eficiência na gestão e reduzir custos operando no Mercado Livre de Energia. Divulgação

Uma das grandes tradições do Brasil, o agronegócio possui grande relevância na economia e na cadeia produtiva do país. Segundo cálculo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP) em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Produto Interno Bruto (PIB) do agro atingiu R$ 2,58 trilhões em 2023, o que correspondeu a 23,8% do PIB nacional.
Vislumbrando um futuro ainda mais eficiente e promissor, um estudo recente realizado pela Embrapa recomenda uma série de estratégias para ajudar a posicionar o Brasil como “fornecedor sustentável de alimentos, bioenergia e outros agroprodutos” até 2050. Em meio aos projetos propostos, destacam-se iniciativas para promover a redução de custos e a sustentabilidade. Dentre elas, o incentivo ao uso de fontes renováveis de energia, que podem ser produzidas localmente e ainda permitir que o elo agrícola e industrial se beneficie com o mercado de carbono.
O agro e a energia elétrica
Considerando a abrangência e sua importância para a economia brasileira, o agronegócio está presente em diversas frentes: produção de insumos, culturas e gado, indústrias de processamento e transformação, além da logística. Movida majoritariamente por máquinas e sistemas alimentados por eletricidade, sua produção demanda um consumo significativo de energia. Projeções da Empresa de Pesquisa Energética (EPE ) apontam para o crescimento médio da demanda desse insumo pelo setor agropecuário em uma taxa de 2% ao ano, no período 2013-2050, principalmente, pelo avanço do grau de irrigação da agricultura brasileira. Entre 2020 e 2030, o levantamento estima que o consumo de eletricidade aumentará de 23 para 27% do consumo energético final.
Observando esse cenário, a busca por soluções sustentáveis vem ganhando força. Em 2023, por exemplo, a geração de energia solar aumentou em 35% em função do agronegócio. Num mundo onde as discussões sobre a sustentabilidade estão cada vez mais presentes, a utilização de fontes renováveis é um grande diferencial. Quando isso se une à gestão inteligente do insumo, uma matriz limpa pode significar a otimização de operações e recursos de maneira ainda mais eficiente. Voltando ao estudo da Embrapa, o centro de pesquisas aconselha, em função das mudanças climáticas, o fortalecimento desse pilar no agronegócio.
Fortalecendo a sustentabilidade a partir do Ambiente de Contratação Livre
Para colaborar com a mitigação dos impactos, adaptação e resiliência dos sistemas de produção frente às oscilações do clima, a Embrapa aponta práticas sustentáveis voltadas para esse objetivo, como a agricultura de baixo carbono, a agricultura climaticamente inteligente (climate-smart agriculture) e a agricultura regenerativa. Quem busca converter suas ações nesse sentido pode começar pela energia elétrica, migrando para o Mercado Livre de Energia.
Para quem não conhece, o Mercado Livre de Energia é uma modalidade de contratação de energia por livre negociação. Este ambiente oferece ao cliente a liberdade de escolher o fornecedor de energia, permitindo a aquisição do produto a preços mais competitivos do que no Ambiente de Contratação Regulada (ACR), também conhecido como mercado cativo.
No Brasil, quase 90% de toda a geração de eletricidade, no ano passado, foi atendida por fontes renováveis, com recorde na geração eólica e solar. Dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação mostram que o setor elétrico brasileiro registrou em 2023 seu menor nível de emissões de gases do efeito estufa desde 2011. Na média do ano, foram emitidas 0,038 toneladas de CO2 por terawatt-hora (TWh) gerado, ante 0,042 toneladas de CO2 por TWh no ano anterior, graças à expansão da energia renovável. Em 2011, foram emitidas 0,028 toneladas, e, desde essa marca, o indicador superou o lançamento de uma tonelada por TWh em 2014, 2015 e 2021.
“A matriz verde já é, portanto, uma realidade no Brasil, e a expansão do Mercado Livre de Energia deve contribuir ainda mais para o protagonismo do país na Agenda ESG e nas importantes decisões sobre a transição energética no mundo”, destaca o gerente de Análise e Controle de Riscos de Energia da Cemig, Marco Aurélio Oliveira Dias.
Uma oportunidade para ultrapassar a concorrência
A ampliação atual do Mercado Livre de Energia é decorrente da Portaria 50/2022, do Ministério de Minas e Energia (MME). Essa Portaria definiu que, desde janeiro de 2024, todos os consumidores do Grupo A, ou seja, aqueles ligados em média ou alta tensão, estarão aptos à aquisição de energia elétrica no Ambiente de Contratação Livre (ACL), independentemente do volume de energia demandado. Para o agronegócio, a notícia é excelente e pode ser um diferencial no mercado, como explica Marco Aurélio.
“Um dos setores mais importantes do Brasil, o agronegócio pode ser bastante beneficiado com a abertura do Mercado Livre de Energia. Além de ter a garantia de receber energia limpa, renovável e rastreável, esse segmento permite obter até 35% de desconto na fatura de energia, o que pode ser determinante para o sucesso do empreendimento em um mercado tão competitivo”, avalia o gerente.
Nesse modelo de negócios, são acordados itens como volume de fornecimento, preço e o período de duração dos contratos. Desta forma, o Mercado Livre de Energia traz autonomia às diversas frentes do agronegócio para tratar diretamente com a comercializadora sobre as especificidades de sua operação, como sazonalidades e padrões de consumo. Esse cenário é diferente do vivenciado no Mercado Regulado, no qual o custo da energia é influenciado pelas condições de geração da energia.
Dessa forma, quem migra para o ACL evita flutuações e pode manter o preço constante ao longo de todo o prazo contratual. Diversos setores do agronegócio podem tirar proveito dessa previsibilidade, o que resulta em maior controle para o empreendimento. Com custos de energia elétrica mais baratos em comparação ao mercado cativo, o Mercado Livre de Energia oportuniza o direcionamento do montante economizado a demais áreas e auxilia na gestão do agro-empreendedor.
Os primeiros passos para migrar
Aqueles que não sabem como migrar para o Mercado Livre de Energia têm de percorrer uma jornada antes de propriamente contratar a energia. O primeiro passo envolve a análise da viabilidade da migração. Atualmente, todos os clientes atendidos em alta e média tensão (grupo tarifário A) podem migrar. Essa informação está disponível na conta de energia. Após essa confirmação, o interessado deve procurar de preferência por geradoras ou comercializadoras com ampla reputação no mercado, como a Cemig, a fim consultar tal viabilidade e analisar seu caso.
Reconhecida como líder no Mercado Livre de Energia, a Cemig atua há mais de 70 anos no setor de energia, com posição de destaque na comercialização, geração, transmissão e distribuição. Para seguir na dianteira do Mercado Livre de Energia, a empresa criou o primeiro e-commerce do Brasil, oferecendo uma contratação totalmente digital e facilitada por meio de seu site. Desta forma, o empresário ou gestor pode escolher o fluxo que prefere iniciar esse processo: “Simular, Cotar e Contratar” ou “Cotar e Contratar”. As propostas são personalizadas para cada empresa, considerando consumo e tempo de contrato.
Na primeira opção, “Simular, Cotar e Contratar”, o cliente fornece dados iniciais, obtém uma estimativa no site e, ao prosseguir, a proposta é ajustada e oficializada digitalmente. Na segunda opção, a Cemig realiza uma cotação direta com dados reais fornecidos pelo cliente, que, ao aprovar, segue para a contratação digital. Ainda é possível solicitar o apoio de um consultor de energia para ajudar na escolha da melhor alternativa de contratação.
A Cemig oferece certificados de energia renovável e suporte integral na gestão de contratos de energia. Caso deseje migrar, as informações sobre a certificação estão disponíveis no site da empresa. Saiba mais.

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